21 de fevereiro de 2019
Por Katia Gisele Costa
Cada ano que inicia traz novas oportunidades de aprimorar a docência e as práticas que norteiam o fazer pedagógico. Os protagonistas da grande peça educacional que inicia em fevereiro e acaba em dezembro são alunos e professores e é ali, na interação diária, na troca afetuosa de, às vezes abraço, às vezes recusa, (normalmente na segunda-feira) que acontecem as maiores construções tanto dos conceitos cognitivos quanto o amadurecimento emocional.
As professoras não esquecem nem por um instante de que as crianças com carinhas curiosas que sentam nas cadeirinhas não são só crianças, são pessoas em formação e enquanto estiverem sobre suas tutelas, elas são Responsáveis pelo que dizem e fazem. Outro dia uma “mãe nova” – dizemos isto de uma mãe que acaba de chegar em nosso colégio – nos perguntou se a professora do filho dela era “séria” porque ela queria uma professora carinhosa para a criança que tinha apenas 3 anos, e ao perguntar nos parecia um pouco sem graça. Aproveitamo-nos da pergunta desta mãe e já respondemos para todas as outras mães que ficaram com vergonha de perguntar: Sim! As
professoras são carinhosas, gostam de cantar, de conversar em rodinha, de dançar e fazer cosquinha. As professoras pegam no colo, dão beijinho no dodói e incentivam os amigos a darem abraços quando percebem um comportamento indócil, se abaixam para falar com as crianças e ouvem com atenção e carinho o tatibitati dos pequenos.
Acontecem pausas nas atividades para conversar sobre as boas atitudes, sobre como viver harmoniosamente em sociedade, sobre ser gentil, honesto e generoso. A professora da criança pequena acaba sendo um pouco mãe, não tem como negar, e por isso, em alguns momentos acaba sobrando para ela o papel chato de chamar a atenção ou repreender. Ela, assim como as mães, ensina a vestir o casaco, a desvirar a meia no parque, a puxar a descarga, a guardar os brinquedos, a dizer muito obrigada com licença e por favor.
Por receberem formação universitária e estarem constantemente refletindo sobre as suas práticas em formação contínua, reuniões pedagógicas e palestras, as professoras sabem que é lá, no corre-corre do parquinho que as crianças constroem os primeiros conceitos de partilha, doação, generosidade, cuidado, convivência, entre outros, e toda vez que a professora presencia tais conceitos ela os valoriza pois sabe que ao verbalizar, concretiza as boas ações.
Assim, dia a dia, mês a mês, alunos e professores vão construindo um cenário consistente e perdurável que envolve aprendizado, interação e formação cidadã, critérios que fazem do nosso colégio um exemplo de ensino em nossa cidade dando aos nossos alunos uma formação completa e INCOMPARÁVEL.
Katia Gisele Costa é Pedagoga pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e Mestre em Educação pela Universidade do Minho (Portugal). É Coordenadora Pedagógica – Educação Infantil no Colégio Pontagrossense SEPAM, de Ponta Grossa-PR.